O bolsonarista Zé Trovão decidiu se entregar à Polícia Federal hoje (26). Ele divulgou um vídeo em canais do Telegram dizendo que estava tomando a atitude ‘pelo Brasil’. Mas não foi pelo Brasil, como apurou o DCM, houve um motivo muito específico para o caminhoneiro se entregar. Ele recebeu uma promessa que não ficará muito tempo preso.
Segundo uma fonte ligada ao grupo radical de Bolsonaro, a prisão de Zé Trovão foi planejada. Enquanto estava fora do Brasil, no México, o caminhoneiro entrou em contato com políticos importantes. “Ele falou com dois ministros, um deputado e um senador”, comentou um aliado que pediu para não ser identificado. E conseguiu uma promessa importante de que haverá um habeas corpus.
Quem fez a promessa não se sabe ao certo, mas sabe-se que, ao menos um ministro do governo e um senador concordaram. Nos últimos dias, esses dois políticos falaram com advogados e também fizeram sondagens junto ao STF. O interesse era saber como evitar que Zé Trovão ficasse muito tempo preso e, se possível, até não ir para a cadeia.
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Zé Trovão vai ficar preso?
Nessas conversas, houve uma resposta clara de um ministro do STF. O recado para o caminhoneiro foi bastante específico. “Com ele fugitivo, não há negociação”. A partir daí, a dupla passou a negociar com o próprio Zé Trovão e com os advogados seu retorno ao Brasil. Mas ele foi orientado a não ser preso na entrada porque viraria uma vitória da PF e não algo de boa vontade.
Diante disso, o próprio senador teria ajudado Zé Trovão a burlar a segurança e entrar no Brasil por via terrestre. “É mais fácil pela terra porque o controle está com as Forças Armadas”, afirmou o aliado. Assim, o caminhoneiro voltou ao país e passou a negociar diretamente com os advogados o momento da entrega.
Ele, então, preparou um vídeo e anunciou que finalmente seria preso. O gesto, como avisaram os senadores e o ministro de Bolsonaro ao STF, é uma amostra de boa vontade. Diante disso, a expectativa é que o Supremo permita uma prisão domiciliar a ele nos próximos dias. Nos bastidores do STF, no entanto, não existe essa certeza de que a prisão será revertida. “Ele merece uma lição”, comentou um ministro com o colega Alexandre de Moraes.
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