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Negacionistas espalham cartazes dizendo que Covid é “presente comunista” de partidos de equerda

Cartaz sobre Covid-19 em poste
Cartaz diz que Covid-19 foi “presente comunista”. Foto: Reprodução

A jornalista Lola Aronovich compartilhou nas redes uma foto que recebeu de uma leitora.  A imagem mostra um adesivo colado num poste com a seguinte frase: “Covid. Não se esqueça. Esse vírus foi um presente comunista. Não vote nesses nunca mais: PT, PSOL, PCdoB, PSTU, PCB”.

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O cartaz está sendo espalhado pela cidade de Curitiba, de acordo com a seguidora.

“Uma leitora avisa que estão espalhando cartazes em Curitiba dizendo q covid é um ‘presente comunista’ e mandando não votar nunca mais no PT, PSOL, PCdoB, PSTU e PCB. Lógico que ninguém assina”, diz Lola em publicação no Twitter.

No Telegram, bolsonaristas defendem morte de ministros do STF e seguem dicas antivacina de investigado

A reportagem do DCM mergulhou no submundo das comunidades bolsonaristas do Telegram. Um mundo quase sem lei onde impera a desinformação e o ódio.

Em milhares de áudios e mensagens de texto, eles pregam a morte de jornalistas, advogados, ministros do STF e professores pela mão do Estado, além de mentir sobre a vacinação contra covid-19.

Um estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aponta que o Telegram pode desempenhar nas próximas eleições o mesmo papel que o Whatsapp teve no último pleito: o principal canal de disseminação de notícias falsas.

O próprio Presidente da República e seus apoiadores estimulam a migração para o Telegram.

O aplicativo tem mais recursos que o Whatsapp, permite grupos de até 200 mil usuários – enquanto o Whatsapp restringe o tamanho das listas a apenas 256 membros.

Uma prova da adoção do Telegram pela militância bolsonarista é a conta oficial do presidente. Em janeiro ela tinha 145 mil usuários cadastrados.

Hoje, mais de 1 milhão de pessoas seguem Bolsonaro. Apesar de não ser o aplicativo de mensagens mais usado no Brasil, posto que fica com o Whatsapp, o Telegram despertou o alerta entre pesquisadores e autoridades eleitorais do país.

O aplicativo não tem representantes no Brasil, não modera conteúdo e nem impede que um post ou meme viralize. Durante uma semana o DCM mergulhou nas entranhas das redes bolsonaristas no aplicativo Telegram. Há de tudo.

Disseminação de informações falsas, teorias da conspiração e lutam para sabotar a vacinação, o isolamento social, o uso de máscaras, além do apoio incondicional ao Presidente da República.

Vacinas com microchips e grafenos que transformam o corpo dos vacinados em redes wi-fi que podem ser acionadas para controle da mente. Uma elite global imaginária que controla governos, judiciário e a mídia com intenção de implantar um regime comunista a fim de promover o aborto e a pedofilia.