Adriano Pires desiste e não será presidente da Petrobras

Atualizado em 4 de abril de 2022 às 13:02
Adriano Pires
Adriano Pires desistiu de ocupar presidência da Petrobras.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Antes mesmo de assumir a presidência da Petrobras, o economista Adriano Pires comunicou ao Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira (4), que desistiu de assumir o cargo. Na semana passada, ele havia sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para substituir o general Joaquim da Silva e Luna.

A desistência de Pires foi motivada, segundo a colunista do jornal O Globo Malu Gaspar, pelos conflitos de interesse que ele enfrentaria na estatal. O economista vinha sendo pressionado a revelar os clientes para quem presta serviço em sua consultoria. Contudo, ele trabalha não apenas para a associação do setor, a Abegás, mas também para os negócios do empresário Carlos Suarez, sócio de oito distribuidoras de gás no Brasil.

Como cliente, Suarez tem uma série de interesses na Petrobras. O mais imediato está relacionado à negociação de um acordo bilionário entre a distribuidora no Amazonas de que ele é sócio, a Cigas, e a petroleira. Os setores jurídicos das duas companhias estão negociando há meses um acordo para encerrar todos os litígios entre as duas empresas.

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Bolsonaro e Landim
Bolsonaro e Landim. Foto. Reprodução

Na madrugada deste domingo (3), Rodolfo Landim, presidente do Clube de Regatas do Flamengo, desistiu de assumir a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Ele alegou querer se dedicar mais a fortalecer o clube. No entanto, de acordo com Malu Gaspar, do blog O Globo, as razões dessa desistência, nada têm a ver com o Flamengo.

Em decorrência da amizade com Suarez, Landim já chegou a ser investigado pelo Ministério Público Federal brasileiro. As razões foram os repasses de recursos feitos a contas do empresário na Suíça. Eles foram descobertos pelo Ministério Público local na época da Lava Jato.

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