No terceiro encontro desde o ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin demonstraram sintonia e disposição para caminharem juntos na corrida presidencial de 2022, diz reportagem de Marcelo Ribeiro no Valor Econômico.
A chapa na disputa pelo Palácio do Planalto está “99% concretizada”, segundo relatos de participantes de um jantar em que eles se reuniram na sexta-feira na casa do ex-prefeito Fernando Haddad.
Líder nas pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, Lula reforçou que a composição com o ex-tucano tem potencial para atrair uma parcela do eleitorado de centro e de centro-direita, que resistiriam a embarcar em uma chapa composta apenas por políticos associados a partidos de esquerda.
“Eles pontuaram que Bolsonaro não pode ser encarado como um candidato fraco, já que tem a máquina ao seu lado e conta com um apoio irreversível da fatia mais radical do eleitorado. Não se pode cair no erro do salto alto. É humildade até a reta final”, disse um participante do jantar ao Valor.
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Para onde vai Alckmin?
Ainda que as conversas estejam praticamente finalizadas, a expectativa é que a confirmação da dobradinha ocorra apenas em março, quando o ex-governador de São Paulo também decidirá sobre o seu futuro político.
De acordo com o jornal, uma das apostas de Lula é que a janela partidária possibilite a migração de parlamentares para o novo partido do ex-governador. Por isso, a decisão não pode ocorrer apenas em abril.
Para o ex-presidente, é fundamental que o PT e seus aliados consigam ampliar o número de cadeiras na Câmara e no Senado para garantir governabilidade caso ele seja vitorioso nas urnas em outubro.
Sem partido desde que deixou o PSDB, o ex-governador estaria a um passo de se filiar ao PSB, mas uma eventual entrada no PV ou no Solidariedade não está totalmente descartada.
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— DCM ONLINE (@DCM_online) February 13, 2022