Antes de medalha de bronze no boxe, Abner Teixeira fracassou no basquete, futebol e atletismo

Atualizado em 6 de agosto de 2021 às 8:55
Abner Teixeira. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Medalhista de bronze na categoria peso-pesado (até 91 quilos) nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Abner Teixeira tinha pouca aptidão para esportes até a adolescência.

Tentou e fracassou no basquete, no futebol e no atletismo, mas só se encontrou de fato como pugilista.

Garoto pobre, nascido em Osasco (SP), ele se aproximou do esporte por meio de um projeto social, o “Boxe: mãos do futuro”.

O caso é comum na história de diferentes atletas, como Rebeca Andrade, Beatriz Ferreira, Hebert Conceição e Ygor Coelho e Fabiana da Silva, representantes no badminton.

O treinador-chefe da seleção de boxe, Mateus Alves, pede atenção às iniciativas e diz que a base dos atletas brasileiros vem de projetos do tipo.

“Aproveito aqui para falar para empresários interessados em apoiar alguma coisa: que busquem os projetos sociais de boxe. Eles realmente precisam deste apoio. A equipe olímpica permanente tem o apoio do Time Brasil e da Confederação Brasileira de Boxe. A gente tem uma estrutura”.

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Após entrar no esporte, foi bicampeão juvenil e de elite, e se tornou referência nacional na modalidade que disputa.

Também conquistou medalha de bronze no Pan de Lima, no Peru, em 2019.

Após o valor recebido por ter ganho a medalha nos Jogos Olímpicos (R$ 100 mil), ele diz que está mais próximo de realizar um sonho: dar uma casa para a mãe se livrar do aluguel.

“Esta medalha me aproximou mais deste sonho. Eu tava caminhando para isso, juntando um pé de meia. Então, com certeza ajudou um pouco mais”.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.