Interessado direto na vaga do STF, o PGR, Augusto Aras, ficou arrasado com a nomeação de André Mendença à corte. Ele era aventado como uma opção do governo caso o nome do “terrivelmente evangélico” fosse rejeitado.
Agora, as próximas aposentadorias no Supremo só irão acontecer em 2023, quando Rosa Weber e Ricardo Lewandowski completam 75 anos, a idade máxima para estar nos tribunais brasileiros.
Segundo apurou o DCM, Aras contava fortemente com a rejeição. Para ele, agora acabou suas chances. “Era a minha chance de ir pro Supremo. Perdi e não consigo outra dessa”, disse à aliado.
O ex-AGU, por sua vez, se sentiu traído com tamanha vontade de Aras. O PGR teria articulado nos bastidores para ganhar a vaga no STF e atrapalhado o colega, o que não deu certo. Ele via a aprovação de Mendonça para integrar a corte como “imprevisível”.
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Aras ainda tem chances
O PGR pode ter uma chance te integrar o STF. Uma PEC apresentada pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) e aprovada pela CCJ da Câmara tenta alterar a data de aposentadoria dos ministros para 70 anos, como era antes até 2015, quando o limite foi alterado pela chamada PEC da Bengala.
O texto, se aprovado, poderia dar a Bolsonaro o direito de indicar duas pessoas para as cadeiras de Weber e Lewandowski em 2022. Mas Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, afirma que a PEC de Kicis não encontra consenso entre os deputados e portanto sequer pode ser colocada atualmente em votação.
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