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Armas roubadas do Exército são devolvidas pelo Comando Vermelho

Armas do Exército roubadas em São Paulo e encontradas no Rio de Janeiro. Foto: reprodução

De acordo com fontes ligadas ao Exército e à Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, traficantes da facção Comando Vermelho devolveram as armas roubadas do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo, segundo o jornalista Rodolfo Schneider, do Grupo Bandeirantes.

Ainda conforme as informações do diretor-geral da Band, o mesmo modus operandi foi observado anteriormente quando a facção puniu criminosos suspeitos de envolvimento na morte de três médicos na Barra da Tijuca. Os autores do crime foram encontrados mortos.

“Se pega deles alguma coisa, a reação é grande. A fonte me disse: ao que tudo indica, é que o tráfico colocou em um carro, avisou e entregou (as armas), no sentido de ‘toma de volta, não vem me sufocar, não queremos problemas com vocês’”, afirmou o jornalista.

As autoridades não consideram a compra direta pelo Comando Vermelho como a principal linha de investigação. A suspeita recai sobre intermediários que teriam aliciado militares.

“O que se entende é que aliciaram essas raposas dentro do Arsenal, compraram as armas e foram repassar pelo menos uma parte para o Comando Vermelho. E no repasse para a facção, quando receberam e viram a repercussão e a reação do Exército, devolvem”, acrescentou Schneider.

Policiais do RJ apreendem as armas furtadas do Exército em SP. Divulgação Polícia Civil

As investigações indicam que a oferta dessas armas ocorreu aproximadamente um mês após o feriado de 7 de setembro. O grupo responsável pelo furto das metralhadoras solicitou o pagamento de R$ 180 mil por cada uma delas.

Desde que o roubo foi divulgado ao público, em 10 de outubro, o Exército tem intensificado os esforços para localizar e recuperar as 13 metralhadoras calibre ponto 50 e as 8 metralhadoras calibre 7,62 que foram levadas do quartel.

O Exército está segue investigando o caso minuciosamente e garantiu que levará as investigações até o fim, com a crença de que as armas estão atualmente paradas devido às intensas investigações em andamento.

Na última sexta-feira (20), o Exército confirmou que oito das 21 armas furtadas foram encontradas em uma comunidade no Rio de Janeiro. Três militares suspeitos do desaparecimento das metralhadoras foram identificados, e os responsáveis pelo controle do armamento também deverão ser responsabilizados.

Vale destacar que esse furto é o maior desvio de armas registrado pelo Exército brasileiro desde 2009, quando o Instituto Sou da Paz iniciou o monitoramento desse tipo de ocorrência.

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Augusto de Sousa

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