MP quer detalhes de investigação sobre assassinato de filho de líder rural

Atualizado em 15 de fevereiro de 2022 às 14:46
Porta retrato do menino Jonathas Oliveira, de 9 anos, filho de líder rural. Abaixo da foto está escrito "Te amo mamãe".
Jonathas Oliveira, de 9 anos, filho de líder rural, foi assassinado em Pernambuco. Foto: BERG ALVES/JC IMAGEM

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) cobrará detalhes da investigação sobre a morte de Jonathas Oliveira, o menino de 9 anos que foi assassinado por ser filho de Geovane da Silva Santos, presidente de uma associação de agricultores familiares no município pernambucano de Barreiros. A informação é do jornal O Povo. A ocupação rural da qual o pai do menino é líder recebia ameaças de empresas locais.

O promotor de Justiça do município se encontrará, nesta terça-feira (15), com o delegado de homicídios Marcelo Queiroz, que foi designado para apurar o fato. O representante do MP vai cobrar detalhes do que foi descoberto pela polícia desde quinta-feira (10), quando o crime ocorreu. A principal tese de investigação é que a motivação do assassinato da criança tenha sido o conflito agrário entre as empresas e os agricultores familiares.

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Sete homens encapuzados invadiram a casa de Geovane e sua família. Ele também foi atingido, com um tiro no ombro. O pai e a mãe de Jonathas foram ouvidos na Delegacia de Barreiros na tarde de segunda-feira (14).

Em entrevista à TV Jornal, Geovane disse: “Eu já estava deitado com a minha esposa quando ouvi o estrondo na porta. Quando saí do quarto já recebi o tiro. Eles passaram por mim e eu fugi para a casa do meu cunhado. Só ouvia os tiros e pensava que eles tinham matado a minha família”.

Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ainda não se pronunciou

O governador Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, ainda não se pronunciou sobre o assassinato do menino em decorrência do confronto agrário. O caso aconteceu na quinta-feira (10), mas até agora nada.

O Engenho Roncadorzinho é uma ocupação onde vivem mais de 70 famílias agricultoras. São cerca de 400 pessoas. A ocupação existe há mais de duas décadas e foi criada após a falência das usinas onde as famílias trabalhavam.

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