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Com Bolsonaro fora da vida eleitoral, o Brasil se liberta da nefasta agenda do ceticismo conservador, incorporada pela atual senadora Damares Alves, ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e do vale-tudo do liberalismo econômico, comandado por Paulo Guedes.
Essas duas vertentes, combinadas com setores atrasados da elite nacional, tiveram, durante os quatro anos de Bolsonaro, um impacto significativo na redução da qualidade de vida e no imaginário popular, gerando uma divisão sem precedentes no país.
A consequência óbvia da agenda conservadora de costumes levou à retrocessos em relação aos direitos conquistados.
A retórica discriminatória e o desprezo por questões de gênero, diversidade sexual, raça e meio ambiente reforçaram a polarização política e ampliaram o distanciamento entre grupos sociais.
Tão nociva quanto, a implantação de uma agenda de liberalismo econômico sem restrições levou ao retrocesso da fome e da carestia.
A defesa irrestrita de privatizações, flexibilização de leis trabalhistas e redução do papel do Estado na economia são exemplos do descompromissos da gestão com o bem estar coletivo, levando ao aumento das desigualdades e ao enfraquecimento dos direitos dos trabalhadores.
O chamado “vale-tudo” resultou num país dividido e confuso diante de uma política pública com vies ideológico focado em valores praticados na Idade Média e sustentado na maximização do lucro a qualquer preço.
O clima de incerteza e insegurança teve inevitáveis reflexos negativos nos avanços e na coesão social.