Pressionado, Bolsonaro limita atuação de Carluxo em campanha

Atualizado em 15 de fevereiro de 2022 às 11:12
Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro
Carlos Bolsonaro ao lado do pai | Foto: Reprodução / Instagram / CP

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) virou um problema para a campanha de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), à reeleição. O chefe do Executivo precisou combinar com aliados do Centrão que o filho não se envolverá no discurso de campanha para as eleições de outubro.

Carluxo, como é carinhosamente apelidado, ficará limitado a cuidar somente das redes sociais de Jair. A condução das peças publicitárias e a estratégia de marketing serão profissionais.

Em janeiro, Bolsonaro escolheu o vereador para ser seu coordenador de marketing. A opção aborreceu, além do Centrão, outro filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Ele deixou claro para o pai que não concordava com a definição.

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Bolsonaro admite que comunicação do governo é péssima

Segundo a coluna Radar, Bolsonaro reconheceu, em uma conversa recente, que “a comunicação do governo é péssima, não consegue lançar luz sobre ações positivas dos ministérios e, claro, precisa ser melhorada para a campanha”.

Os aliados citaram, como exemplo da incompetência da comunicação do governo, a medida provisória que perdoou até 92% das dívidas de estudantes no Fies. “Se fosse o Lula, o Planalto teria virado um carnaval para divulgar essa ação. Chamariam tudo quanto é movimento e entidade para dar visibilidade. O Bolsonaro, não. Ninguém nem viu o negócio”, disse um deles.

Carluxo “ataca” até o pai nas redes

Carluxo está fora de si. Seus posts no Twitter estão cada vez mais difíceis de entender. Talvez seja a proximidade com as eleições de 2022. O filho 02 do presidente é responsável por sua estratégia nas redes digitais. Recentemente, resolveu chamar o pai de “bozo”.

Ele escreveu na rede social: “Quem é mesmo que aplica a técnica na surdina de usar o nome do BOZO, para ganhar eleitores do BOZO, se descolando do BOZO? ‘Tô cada dia mais cafuso’”.

Parece que ninguém entende direito Carluxo neste momento. E seus textos vão piorando, sobretudo quando ele cita Bolsonaro.

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Davi Nogueira
Davi tem 25 anos, é editor e repórter do DCM, pesquisador do Datafolha e bacharel em sociologia pela FESPSP, além de guitarrista nas horas vagas.