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Na noite desta terça-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições deste ano para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Siva (PT), teve uma discussão com a deputada federal Carla Zambelli (PL), uma de suas maiores puxa-sacos, durante um jantar de confraternização do partido.
A discussão, que ocorreu na mesa em que o presidente jantava, foi presenciada por parlamentares do partido. Segundo relatos de pessoas presentes, Bolsonaro estava irritado com a deputada.
Zambelli confirmou a discussão para o repórter Igor Gardelha, do Metrópoles, mas preferiu não informar o motivo. A bolsonarista negou qualquer relação com o episódio da arma sacada por ela na véspera do segundo turno da eleição.
O jantar foi promovido pelo presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL). O chefe da legenda chegou ao local sem falar com a imprensa e, na saída, manteve o silêncio.
Após perseguir e apontar uma arma para um homem negro em São Paulo, um dia antes do segundo turno das eleições, a aliada de primeira hora do presidente deixou o país semana em meio a rumores de uma possibilidade de prisão.
No dia 6 de novembro, nos Estados Unidos, a parlamentar participou de um protesto golpista em Miami, chamado por ela de “resistência civil”. Ela foi convocada por bolsonaristas por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais para o ato golpista.
O incidente acabou irritando integrantes do clã Bolsonaro. A deputada bolsonarista, mesmo em meio às intrigas, gravou um vídeo pedindo aos militares, uma das bases do presidente, apliquem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Lula.
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na manhã desta quarta-feira (30), também gravou um vídeo para Bolsonaro pedindo que chame as Forças Armadas para dar início a uma intervenção militar no Brasil.