Documentos mostram que Ciro Gomes defendeu anistia de torturadores da ditadura

Atualizado em 16 de outubro de 2021 às 9:19
Ciro Gomes defendia anistia a torturadores da ditadura
Ciro Gomes

Ciro Gomes já defendeu a anistia de torturadores da ditadura. Segundo ele, não havia “documentação legal que comprove os crimes de repressão”. Ele foi monitorado por órgãos de inteligência das Forças Armadas durante a ditadura e após o fim do regime.

Fichas armazenadas pelo SNI (Serviço Nacional de Informações) mostram relatos sobre a vida política de Ciro. Há entre os documentos detalhes sobre sua vida política, sua prisão em 1979 e encontro estudantil em que se posicionou contra o julgamento de torturadores.

Leia também:

1 – Youtuber diz que milionário cirista lhe ofereceu dinheiro para atacar Lula

2 – Flávio demitiu da loja de chocolates funcionária grávida e sem registro em plena pandemia

3 – MPF vai investigar Fakhoury por crime de homofobia contra Contarato

Ciro disse que “não há documentação legal que comprove os crimes da repressão”

Três meses após ser detido em Fortaleza, ele foi a São Paulo participar do 1º Encontro Nacional dos Estudantes Não-Alinhados. O grupo reunia estudantes críticos às lideranças de esquerda que chefiavam o movimento estudantil no país. Principalmente a UNE (União Nacional dos Estudantes).

Ciro participou das eleições para disputar o comando da entidade que participava, mas foi derrotado. Um documento produzido pela Cisa-RJ (Centro de Informações da Aeronáutica do Rio de Janeiro) detalhou suas propostas.

A Lei da Anistia acabara de ser publicada por João Baptista Figueiredo. Ciro se manifestou de maneira favorável à medida: “O estudante Ciro Ferreira Gomes considerou que deveria ser esquecida a ideia de julgamento de torturadores […] uma vez que não há documentação legal que comprove os crimes da repressão”, diz o documento. Ele argumentava que a punição dos torturadores “poderia dar à ditadura uma ideia de revanchismo”.

Veja documento:

Relatório feito pelo Cisa-RJ