Correição do CNJ busca R$ 2,8 bilhões que a Lava Jato deu sumiço

Atualizado em 12 de junho de 2023 às 18:05
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) busca R$ 2,8 bilhões que a Lava Jato fez desaparecer. A operação arrecadou o valor por meio de acordos de leniência e colaboração premiada, mas somente R$ 200 milhões foram registrados. Agora, o órgão quer saber qual foi o destino dos recursos. A informação é do Blog do Esmael Moraes.

Inicialmente, o CNJ acreditava que o valor desaparecido somava R$ 300 milhões, mas planilhas bancárias da 13ª Vara Federal de Curitiba aponta o desfalque de quase R$ 3 bilhões. Os arquivos apontam que o montante vinha de acordos de leniência da Brasken e de outras empresas.

Parte desse valor seria usado para capitalizar a Fundação Lava Jato, que foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O dinheiro deveria ficar sob guarda do Judiciário até que uma decisão fosse proferida ou que houvesse determinação para o destino dos recursos.

O valor foi entregue por meio de depósitos judiciais, valores em dinheiro ou bens entregues ao Judiciário por determinação legal. O dinheiro é enviado a uma conta específica mantida por um tribunal ou por uma vara responsável pelo caso que gerou aquele valor.

A descoberta do valor foi feita em correição extraordinária da 13ª Vara Federal de Curitiba e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsáveis pelos processos da Lava Jato. O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, quer analisar a origem e destinação de recursos da operação e pode pedir as quebras de sigilo do senador Sergio Moro (União-PR) e do deputado cassado Deltan Dallagnol.

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