Decisão de apresentar proposta no Conselho de Segurança da ONU foi de Lula

Atualizado em 19 de outubro de 2023 às 12:55
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Ricardo Stuckert/PR

A decisão de submeter a resolução por um cessar-fogo no Conselho de Segurança foi tomada pelo próprio presidente Lula. O petista acompanhou de perto a evolução das negociações com os países membros do grupo da ONU (Organização das Nações Unidas). A informação é da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.

A medida, que pedia uma pausa imediata do conflito entre Israel e o Hamas, foi aprovada por 12 dos 15 membros do conselho, mas não pode ser implementada pelo veto dos Estados Unidos, que tem a prerrogativa por ser membro permanente do conselho. Os americanos se recusaram a assinar o texto por não citar que Israel tem direito à autodefesa.

O texto ainda pedia a libertação imediata de todos os reféns e a garantia aos civis na Faixa de Gaza de acesso a gás, eletricidade e suprimentos médicos. Diplomatas americanos já haviam manifestado contrariedade à resolução nos bastidores, durante conversas com brasileiros.

Representantes dos Estados Unidos sugeriram que o Brasil esperasse o presidente Joe Biden retornar de Israel, mas a decisão de apresentar o projeto nesta terça (17) foi tomada após o ataque a hospital de Gaza que deixou ao menos 471 mortos.

Após a apresentação da última versão do texto, americanos não procuraram diplomatas brasileiros para conversar. Cinco minutos antes da reunião, representantes britânicos procuraram o Brasil para avisar que tentariam articular a aprovação do texto com os Estados Unidos, mas a decisão do chanceler e do presidente já havia sido tomada na ocasião.

Vieira afirmou que não descarta uma conversa de Lula com Biden para articular a aprovação da resolução. Segundo o chanceler, o presidente “fala constantemente e sempre que necessário” com o mandatário americano.

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