Eduardo Leite bate martelo e revela se vai continuar no PSDB

Atualizado em 28 de março de 2022 às 9:10
Eduardo Leite
O governador gaúcho Eduardo Leite.
Foto. Itamar Aguiar/ Palácio Piratini

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, decidiu ficar no PSDB e começou a avisar aliados em telefonemas na noite do último domingo (27), véspera da coletiva em que dará comunicando sobre sua desincompatibilização do governo do RS.

Isso poderia acontecer depois de conversas com tucanos que se opõem ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), vencedor das prévias tucanas no ano passado. Desde que Gilberto Kassab, presidente do PSD, havia feito o convite ao governador gaúcho, o senador Tasso Jereissati e o deputado Aécio Neves iniciaram uma ofensiva para manter Eduardo Leite no PSDB.

Entretanto, Leite, que já havia sinalizado que deixaria o PSDB para disputar o Planalto, mudou de ideia ao longo da última semana após analisar argumentos apresentados por aliados. O principal deles foi o fato do PSD ter candidatos a governador alinhados a Jair Bolsonaro e a Lula nos estados.

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A permanência de Eduardo Leite

Eduardo Leite (esquerda) e João Doria (direita) polarizaram a disputa, que também teve Arthur Virgílio como candidato
Eduardo Leite (esquerda) e João Doria (direita) polarizavam a disputa. Foto. Divulgação

A negativa de Leite impõe o desafio a Kassab de buscar uma nova alternativa para a disputa ao Planalto. No ano passado, o plano A do presidente do PSD era a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que deixou o DEM, mas acabou recuando diante da possibilidade de ser uma terceira via. Kassab insiste que o partido que comanda, o PSD, terá candidatura própria e, assim, começou a negociar com Leite.

Neste domingo, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que a existência de qualquer articulação no PSDB para retirá-lo das eleições presidenciais configura um “golpe”. A declaração foi dada após a movimentação de parte dos tucanos para ignorar as prévias realizadas em novembro — com vitória de Doria — em prol de uma candidatura de Eduardo Leite, derrotado no pleito interno. “Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB”, afirmou João Doria.

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