Elio Gaspari: Lula deve perdoar políticos que apoiaram sua prisão, mas não ex-Lava Jato

"Lula deu várias demonstrações de que não quer partir para uma desforra pelos 580 dias que passou na cadeia"

Atualizado em 13 de março de 2022 às 8:59
Elio Gaspari e Lula
Elio Gaspari e Lula. Foto: Wikimedia Commons/AFP

Para o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna de domingo (13) na Folha de S.Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve perdoar políticos que desejaram e aqueles que apoiaram sua prisão sem provas em Curitiba. No entanto, o petista provavelmente não terá o mesmo comportamento com ex-Lava Jato na política – como Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Diz Gaspari: “Lula deu várias demonstrações de que não quer partir para uma desforra pelos 580 dias que passou na cadeia.

Parágrafo único: Ficam fora desse esquecimento os membros do Judiciário que lhe impuseram constrangimentos inexplicáveis e desnecessários”.

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O provável evento de Lula em São Paulo

Segundo o site Brasil de Fato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende anunciar sua candidatura à Presidência em um grande evento em São Paulo (SP) num sábado, 9 de abril.

Um dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo confirmou que o evento será em abril, mas preferiu não cravar o dia. Outra fonte confirmou que será dia 9 de abril, data próxima à da prisão de Lula, em 2018, para marcar o aniversário de quatro anos.

A intenção do ex-presidente é que seja um grande evento. Entre os possíveis locais, a praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, ou a Praça da Sé, marco zero de São Paulo e local histórico de manifestações, incluindo a das Diretas Já, de 1984.

Praça Charles Miller foi o local onde, em dezembro de 1989, Lula encerrou sua campanha às eleições presidenciais, na qual ficou na segunda colocação. Naquele dia, ele recebeu o apoio de adversários políticos, como o tucano Bruno Covas e Miguel Arraes (PMDB).

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