Em discurso débil, Moro assume candidatura prometendo governar ‘sem malícia’

Atualizado em 10 de novembro de 2021 às 16:00
Moro lê discurso na filiação ao Podemos
Moro leu o discurso cheio de clichês

Moro fez sua estreia na política.

Aconteceu em Brasília nesta quarta, 10. O ex-juiz da Lava Jato assinou com o Podemos, num evento esvaziado, sem nenhuma liderança importante, exceto Álvaro Dias que já disputou a presidência e o general Santos Cruz.

Moro leu um discurso protocolar e sem novidades. Defendeu a Lava Jato e justificou sua entrada no governo Bolsonaro com o clichê de que se tratava de uma convocação.

Aliás, clichês é o que não faltou na falação do ex-juiz que virou ministro da Justiça após prender ilegalmente o adversário daquele que viria a ser o seu chefe.

Contou que decidiu entrar para a política após ser abordado nos Estados Unidos por um estudante. Ele perguntou se Moro havia fugido do país.

Então Moro se sensibilizou e decidiu aceitar o desafio. Cortou na própria carne pela pátria tão amada.

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Sonhos perdidos, planos de construção do país do futuro. Proteção da família e uma promessa que mais parece ato falho: “Iremos agir sem malícia”, discursou.

Defendeu a imprensa.

“Chega de ofender ou intimidar jornalistas”, disse Moro, garantindo ser defensor da liberdade de expressão.

Que tal virar vereador em Maringá

Falou da mulher e da família.

E não cravou que será candidato a presidência. “Meu nome sempre estará a disposição. Não fugirei desta luta”, escapou.

Pintou o sonho de infância de um menino do interior que um dia sonhou em mudar as coisas num país que imagina ser tão simplório quanto ele próprio.

Noves fora, o que restou do negócio foi a dúvida de que cargo Moro deve assumir se a presidência acabar se tornando muita areia para o seu caminhão.

Que tal começar disputando uma vaga de vereador em Maringa?