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Alto Comando do Exército vira trampolim para mamata política

Jair Bolsonaro e os militares. Foto: Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os militares. Foto: Presidência da República

Um levantamento mostrou que, nos últimos dez anos, 64% dos generais do Alto Comando do Exército foram nomeados para cargos políticos. O período de governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o que elevou o número a esse patamar.

De 33 generais hoje na reserva, 21 foram nomeados para funções de confiança, cujo salário se acumula à aposentadoria militar. Metade dos egressos do Alto Comando em cargos de confiança foi nomeada a partir de 2019.

O levantamento é do jornal O Globo.

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Especialistas avaliam que, na última década – e principalmente nos quase três anos de governo Bolsonaro – houve uma “exacerbação” da presença de militares do topo da hierarquia no governo.

“Em que pese a qualificação dos generais, a exacerbação de cargos ocupados por eles não é boa nem para a corporação, nem para a sociedade. Ela traz antagonismos políticos para uma instituição, o Exército, que deveria ser funcional”, diz o ex-diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eurico Figueiredo. O especialista desenvolveu pesquisas em cooperação com a Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme).

Com informações do jornal O Globo