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Boff: “Golpe de 1964 seguiu o figurino totalitário comunista”

Leonardo Boff falando e segurando o microfone.
Leonardo Boff. Foto: Wikimedia Commons

O professor, escritor, teólogo e filósofo Leonardo Boff está sendo criticado nas redes sociais nesta quinta-feira (31) por uma postagem incomum feita no Twitter. Ele afirmou que o golpe militar de 1964, que deu início a ditadura empresarial-militar que durou 21 anos no Brasil, “seguiu o figurino totalitário comunista”. Boff é simpático ao socialismo e expoente da teologia da libertação. Muitas pessoas estranharam a relação (sem pé nem cabeça) feita por ele entre o regime militar e o comunismo.

É notório que o golpe de 64 e a ditadura militar foram fortemente apoiados pelos Estados Unidos e pela classe dominante brasileira, que viam o governo do presidente João Goulart como sendo de esquerda. A guerra fria, entre Estados Unidos e o bloco comunista, liderado pela União Soviética, estava em seu auge e os norte-americanos promoveram diversos golpes no mundo. Jango foi destituído da presidência e os desdobramentos disso levaram a instauração de uma ditadura no Brasil, que visava justamente “combater o comunismo” no país.

“O golpe militar de 1964 seguiu o figurino totalitário comunista: fechar o congresso, acabar com a democracia e os direitos, prender, torturar e matar. Depois dizem que vieram salvar a democracia e trazer paz e harmonia à sociedade. O dia da mentira mudou: é 31 de março, não 1 de abril”, publicou Boff, causando estranhamento. Veja abaixo.

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Golpe militar no Brasil foi apoiado pelos Estados Unidos

Documentos da CIA, a Agência de Inteligência dos Estados Unidos, mostram o amplo envolvimento do país no golpe militar de 1964, no Brasil, e na ditadura que se sucedeu. De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, o período deixou ao menos 434 pessoas mortas ou desaparecidas, além de milhares de perseguições políticas.

Uma das principais motivações para o golpe foram reformas de base anunciadas pelo presidente João Goulart. Os Estados Unidos temiam o avanço de um suposto comunismo no Brasil e essa teria sido uma das razões para a destituição do presidente e o rompimento da democracia no nosso país, que só foi restabelecida 21 anos depois.

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