Além de Bolsonaro, CPI da Covid vai indiciar por homicídio Pazuello, Elcio Franco e uma médica da Prevent Senior

Relatório final da CPI da Covid, do Senado, conclui que o governo Bolsonaro agiu de forma dolosa, ou seja, intencional, na condução da pandemia e, por isso, é responsável pela morte de milhares de pessoas. O documento tem 1.052 páginas e será apresentado aos senadores da CPI na próxima terça, diz o jornal O Estado de S.Paulo.
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Relatório da CPI
“O governo federal criou uma situação de risco não permitido, reprovável por qualquer cálculo de custo-benefício, expôs vidas a perigo concreto e não tomou medidas eficazes para minimizar o resultado, podendo fazê-lo. Aos olhos do Direito, legitima-se a imputação do dolo (intenção de causar dano, por ação ou omissão)”, diz trecho da peça, que ainda pode ser alterada até terça-feira.
No dia seguinte, os senadores devem começar a votação do relatório.
Esse documento faz um diagnóstico do que, na visão da comissão, provocou a morte de 600 mil pessoas no Brasil. Com base nessas investigações, os senadores afirmam ter encontrado indícios de omissão e “desprezo técnico” durante a tragédia sanitária.
Quatro é o número de pedidos de indiciamento por homicídio contra Bolsonaro, Pazuello, Elcio Franco e uma médica da Prevent Senior.
Numa mudança de entendimento, o texto passou a imputar a Bolsonaro e ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o mais longevo da pandemia, o crime de homicídio qualificado.
Até então, o relatório atribuía a ambos o crime de homicídio comissivo – praticado por omissão.
O argumento da CPI é de que Bolsonaro sabia dos riscos que oferecia à população e os assumiu.