Bolsonaro decidiu pedir impeachment de ministros ao saber de reunião de Barroso e Mourão

A declaração de guerra ao Supremo Tribunal Federal (STF) de Jair Bolsonaro ocorreu após saber do encontro de Hamilton Mourão e Luis Roberto Barroso.
O vice-presidente se reuniu com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para conter a crise e prometer que não haveria golpe.
Após saber do encontro, ele foi às redes prometer levar um processo contra Barroso e Alexandre de Moraes ao Senado Federal.
Para ele e seus assessores, Mourão articula com a Corte a favor do impeachment, segundo o Poder360.
O encontro de Mourão e Barroso
Enquanto o presidente acompanhava a “tanqueciata” na última terça (10), o vice-presidente procurou o magistrado.
Questionado se os militares embarcariam na aventura golpista, Mourão garantiu que não haverá golpe.
Ele disse que a chance de ruptura institucional é “zero”.
Mesmo aliviado, Barroso afirmou que estava perplexo com os ataques do presidente.
Ele foi chamado de “imbecil”, “idiota” e “filho da puta” pelo presidente.
E também soube que Bolsonaro planejava fazer voos rasantes com jatos da FAB (Força Aérea Brasileira) sobre o prédio do Supremo.
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A declaração de guerra de Bolsonaro
Após ataques, ameaças e provocações, Bolsonaro decidiu declarar guerra oficialmente.
O presidente recentemente foi incluído no inquérito das fake news e virou alvo de processo administrativo na corte eleitoral.
Atualmente, são sete investigações que miram o presidente nos dois tribunais.
Nas últimas semanas ele tem ameaçado os ministros da Corte.
O presidente sugeriu colocar apoiadores nas ruas para “dar o último recado” a Barroso.
“Se o povo estiver comigo, nós vamos fazer com que a vontade popular seja cumprida”, disse ele no cercadinho.
Ele também chamou Moraes de “ditador” e ameaçou:
“A hora dele vai chegar”.
Ironicamente, a declaração de guerra do presidente à Corte não surgiu quando mandou colocar tanques de guerra nas ruas.
O conflito foi anunciado pelo Twitter, quatro dias depois do ato golpista.