“Bolsonaro politizou uma questão de saúde pública”, diz Marília Arraes após veto

Após Jair Bolsonaro vetar seu projeto de distribuição de absorventes, Marília Arraes se posicionou sobre o caso. “Bolsonaro politizou uma questão de saúde pública! E sabemos o motivo do veto. Vocês sabem qual é o meu partido”, afirma a deputada petista.
Ela questiona a quem interessa manter o assunto “em esfera privada”. “Tempos atrás, diziam que violência contra mulher deveria ser resolvida na esfera privada. Com muita luta, mostramos que o poder público deve interferir nesse assunto”.
Gostaria de enfatizar que Bolsonaro politizou uma questão de saúde pública! E sabemos o motivo do veto. Vocês sabem qual é o meu partido.
— Marília Arraes (@MariliaArraes) October 8, 2021
Tempos atrás, diziam que violência contra mulher deveria ser resolvida na esfera privada. Com muita luta, mostramos que o poder público deve interferir nesse assunto. Pq com a dignidade menstrual seria diferente? A quem interessa que esse assunto se permaneça em esfera privada?
— Marília Arraes (@MariliaArraes) October 8, 2021
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O projeto de Marília Arraes vetado por Bolsonaro
Bolsonaro vetou a oferta gratuita de absorventes e outros cuidados de saúde menstrual. O projeto de lei 2968/20199 foi aprovado no Congresso Nacional e criava um novo programa de distribuição. O Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos iria entregar itens de higiene a alunas do ensino médio e de anos finais do ensino fundamental, além de mulheres em situação de rua, de vulnerabilidade social extrema, presidiárias e apreendidas.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta (7). O projeto foi sancionado, mas o mandatário vetou cinco trechos. Entre eles estavam “assegurar a oferta gratuita de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual”.
O presidente alega ter consultado o Ministério da Economia e o da Educação, que recomendaram o veto. Justifica que “a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino”.