Inflação fecha em 1,16% em setembro e atinge 10,25% nos últimos 12 meses
A inflação oficial de setembro ficou em 1,16%, segundo o cálculo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com o valor, a taxa totalizou 10,25% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta sexta pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme previsto, é a maior taxa de setembro desde o início do Plano Real, em 1994. No ano em questão, o índice foi de 1,53%. O total, de 10,25% também atinge a pior taxa anual desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%. No ano, o IPCA acumula alta de 6,9%.
O resultado ficou abaixo do esperado, apesar da escalada. A mediana das projeções previa avanço de 1,25%. O intervalo de 38 instituições financeiras ia de 1,13% a 1,42%.
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Inflação foi puxada por aumento na conta de energia
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram aumento em setembro. Um dos principais é a habitação, que foi de 0,68% para 2,56%. A inflação foi puxada por aumento de 6,47% da energia elétrica. No mês, entrou em vigor a bandeira de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz para cada 100kWh.
Combustíveis também tiveram aumento de preço, puxados pela alta da gasolina (2,32%) e do etanol (3,79%). O gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%) também entram na conta.
O gás de botijão também sofreu alta. Em setembro foi de 3,91%, o que totaliza 34,67% nos últimos 12 meses. Na alimentação, as maiores altas foram das frutas (5,39%), do café moído (5,50%), do frango inteiro (4,50%) e do frango em pedaços (4,42%). A cerveja (1,32%), o refrigerante e a água mineral (1,41%) também subiram.
Após sete meses consecutivos de alta, os preços das carnes tiveram recuo. Com avanço de 24,84% nos últimos 12 meses, a carne diminuiu em 0,21% em setembro.