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Bolsonaro dá recado ao Centrão sobre sucessão de Milton Ribeiro

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu um recado à lideranças do Centrão sobre uma possível sucessão no Ministério da Educação, caso o atual ocupante da pasta, Milton Ribeiro, seja demitido em razão do áudio em que admite favorecer pastores amigos no repasse de verbas para prefeituras de partidos aliados.

Ele avisou que não será o bloco parlamentar que indicará o novo titular do MEC. Bolsonaro afirma que não abre mão de fazer por si próprio a indicação no Ministério da Educação. A informação é da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

O chefe do Executivo percebeu movimentos de líderes dos partidos do Centrão para tentar derrubar Milton Ribeiro. O bloco e a bancada evangélica no Congresso procuram utilizar o episódio relacionado ao favorecimento no repasse de verbas para provocar a demissão do ministro e emplacar alguém mais próximo. No entanto, o presidente da República mandou avisar que será ele quem indicará o sucessor, caso a demissão aconteça.

De acordo com Igor Gadelha, o Centrão tem defendido o nome de Marcelo Lopes, que já foi chefe de gabinete no Senado do atual ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do bloco. Lopes atualmente é presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Já lideranças evangélicas defendem o nome de Anderson Correia, que atualmente é o reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

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Bolsonaro não quer demitir Milton Ribeiro

O chefe do Executivo, apesar da pressão exercida pelo Centrão e pela bancada evangélica, não pretende demitir o ministro da Educação. Bolsonaro entende que o episódio do áudio vazado “fortaleceu” Milton Ribeiro.

De acordo com a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, o presidente acha que o caso demonstra que o titular da pasta se preocupa com municípios pobres e atende devidamente a base bolsonarista evangélica.

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