Líderes caminhoneiros dizem não conhecer Zé Trovão: “Apareceu de paraquedas”

Líderes caminhoneiros têm dito que não sabem quem é o bolsonarista Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão. Foragido e sendo caçado pela Polícia Federal, ele se apresenta como caminhoneiro e se dirige a motoristas em vídeos.

Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), nega conhecer o golpista. “Essa pessoa fez vídeo dentro de um caminhão, mas a gente não sabe se ele é caminhoneiro ou proprietário. A gente não conhece”, alega. O caminhoneiro afirmou à coluna de Chico Alves no UOL que Zé Trovão “apareceu de paraquedas” no movimento.

Wallace Landim, conhecido como Chorão, também nega conhecer o bolsonarista. “Ele só passou a ser conhecido depois que apareceu ao lado do Sérgio Reis, dizem que é celetista”, conta o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores.

Bolsonaristas acreditavam que o pedido de prisão de Zé Trovão mobilizaria o setor para as manifestações. Erraram.

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Caminhoneiros têm criticado golpismo

Ontem (3), a CNTRC divulgou nota repudiando “qualquer ato que viole as balizas constitucionais”. Eles negaram “qualquer pretensão de paralisação das atividades para fins exclusivamente políticos”.

A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) também repudiou a inclusão do setor nos atos golpistas. A instituição afirmou que as manifestações de 7 de setembro “não carregam em seu escopo nenhuma reivindicação específica relacionada à atividade profissional do caminhoneiro autônomo”. Ainda alegaram que um membro da confederação que participar do ato o fala por “sua vontade individual”.

Zé Trovão está foragido

Nesta sexta (3), Alexandre de Moraes mandou prender o bolsonarista. A prisão é preventiva, sem prazo determinado para soltura. E coloca outros bolsonaristas na mira da Justiça.

Ele prometeu não se entregar antes de 7 de setembro e segue foragido. O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, planeja caçar o bolsonarista antes do ato golpista, conforme mostrou o DCM.