Michelle vira arma de Bolsonaro para conquistar mulheres nas eleições
O núcleo duro da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição quer uma maior participação da primeira-dama, Michelle, com o objetivo principal de reduzir a rejeição do mandatário com o público feminino. A imagem da esposa de Bolsonaro é positiva, avaliam. De acordo com a equipe da campanha, ela é articulada e carismática, o que pode ajudar a “humanizar” a imagem do candidato. Ela já demonstrou que está disposta a ter um papel mais ativo daqui pra frente.
A rejeição do chefe do Executivo entre as mulheres é de 61%, segundo a pesquisa mais recente do Datafolha. O levantamento mostra que 55% da população feminina considera o governo de Jair Bolsonaro “ruim” ou “péssimo”. Michelle atua em projetos de caridade e é militante da causa de doenças raras. Ela é atuante nas redes sociais e recentemente participou, no Palácio do Planalto, de um evento sobre este tema.
A equipe de campanha de Bolsonaro pretende explorar a imagem da primeira-dama em viagens ao lado do presidente e também nas propagandas partidárias que serão exibidas. Ela chegou a ser, inclusive, convidada a se filiar no PL, partido do marido, mas não demonstrou interesse.
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Evangélica, Michelle acompanhou aprovação de André Mendonça
Apesar de ter tido papel discreto no governo até aqui, a primeira-dama acompanhou com muito entusiasmo a aprovação de André Mendonça, o “terrivelmente evangélico”, como ministro do Superior Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2021. A indicação de alguém com essa característica para a Corte tinha sido uma promessa de Bolsonaro para essa parcela do seu eleitorado.
Michelle é evangélica da Igreja Batista Atitude de Brasília. Na época, viralizou um vídeo em que ela aparece comemorando a aprovação de Mendonça na sabatina.