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Ex-funcionário de Carlos Bolsonaro afirma que nunca teve crachá na Câmara

Carlos Bolsonaro funcionário crachá
Carlos Bolsonaro é acusado de ter praticado rachadinha em seu gabinete

O servidor Gilmar Marques, que trabalhou de 2001 a 2008 no gabinete de Carlos Bolsonaro, afirmou que nunca teve crachá na Câmara do Rio de Janeiro. Também relatou que não se lembra dos nomes dos seus colegas de trabalho. A informação foi dada pelo portal G1 nesta sexta (3).

Gilmar deu depoimento ao Ministério Público. Tudo está relacionado ao processo das rachadinhas que teriam ocorrido no gabinete do filho número 02 do presidente da República. Há grande suspeita que os funcionários do vereador tinham que devolver enorme quantia do salário deles para Carlos.

Marques foi chamado em setembro para prestar esclarecimentos ao MP. Andrea Siqueira Valle também. Andrea é irmã de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa de Jair Messias. Ela era a responsável pela cheia do gabinete do filho do presidente da República.

Para piorar a situação do vereador, o ex-funcionário relatou ao MP que não lembra muito bem quais eram suas atribuições na Câmara. Gilmar morava em Juiz de Fora, Minas Gerais, e raramente aparecia no Rio de Janeiro. Inclusive, nem tem a recordação de ter assinado folha de ponto.

Carlos Bolsonaro não quis se defender para o G1.

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Dinheiro de rachadinha era deixado em gabinete de Carlos Bolsonaro, diz MP

Dentro da investigação que apura esquema criminoso no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, entre 2001 e 2019, o Ministério Público encontrou indícios de que uma ex-funcionária ia pessoalmente ao local para devolver as quantias recebidas pela filha, como parte de um esquema de supostas rachadinhas.

Entre novembro de 2013 e dezembro de 2019, Diva da Cruz Martins foi 58 vezes à Câmara de Vereadores, todas para visitar o gabinete de Carlos. As visitas eram rápidas, aconteciam mensalmente e sempre nos primeiros dias do mês.

Durante todo esse período, Diva não constava como funcionária do vereador, o que só aconteceu entre fevereiro de 2003 e agosto de 2005. A suspeita dos investigadores é a de que as idas de Diva ao local coincidam com as datas dos pagamentos a Andrea Cristina da Cruz, sua filha. Em um processo judicial, Andrea alegou que, na realidade, trabalhava como babá.

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