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Coronel indicado por ex-ministro de Bolsonaro “desaparece” com carro público, diz site

Ibama
Coronel é acusado por servidores

Luiz Renato Fiori é acusado de ficar sem dar expediente durante duas semanas no Ibama no Espírito Santo. O coronel da reserva da Polícia Militar paulista é superintendente da instituição. Ele é conhecido por “perseguir” servidores, segundo a CartaCapital.

Ele foi indicado por Ricardo Salles, na época ministro do Meio Ambiente. Luiz estaria usando de forma equivocada o carro oficial do Ibama. Fiori recebe auxílio-moradia para trabalhar em Vitória, capital do ES.

Servidores denunciaram o militar para Ouvidoria do Governo Federal. Segundo o documento, ele não teria trabalhado presencialmente, como determina a portaria 553 de 2020. Ele também teria descumprido o decreto 9.287/2018. É proibido o uso de carro oficial fora do expediente.

O coronel ainda fez seis viagens oficiais a Brasília e cidades do Espírito Santo. Em uma dessas viagens, o custo foi de R$ 3,5 mil. Ele recebe R$ 10,4 mil ao mês e “verbas indenizatórias”, que chegam perto dos R$ 460.

“O superintendente está fazendo uso de um carro oficial, um veículo modelo Fiat Línea, de forma irregular levando o mesmo para sua residência e em viagens particulares, uma vez que não existe na agenda oficial do superintendente nenhum lançamento de viagens oficiais e o citado veiculo não é encontrado há mais de duas semanas na garagem do órgão”, diz trecho da denúncia.

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Superintendente do Ibama e acusações

Ele já foi acusado de perseguição e assédio moral contra servidores. Agora precisa responder ao fato. “Na atual gestão do IBAMA tem sido recorrente a abertura de Procedimentos Administrativos, na maioria das vezes sem fundamentação sólida, como forma de intimidação contra aqueles que questionam qualquer ato do atual governo”, afirma outro trecho da denúncia.

“Tal situação levou a Associação que representa os servidores a ingressar com uma representação coletiva no Ministério Público Federal, por assédio moral contra o Ministro do Meio Ambiente”, acrescenta.

Não seria a primeira vez que Fioria teria ficado 15 dias sem trabalhar. Em novembro do ano passado, o superintendente também não teria aparecido. O Ibama não se posicionou.