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Deputados próximos a Lira querem votar semipresidencialismo; Saiba quando

Arthur Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira. Imagem: Reprodução

O grupo constituído pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, para discutir a possibilidade de adotar o regime semipresidencialista no Brasil já estipulou uma data de quando pretende votar o tema no Congresso. O desejo é pautar o assunto em meados de junho, ainda neste ano. A informação é do blog do Noblat, no Metrópoles, que foi quem revelou a criação do Grupo de Trabalho (GT) sobre a matéria.

O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que é quem coordena o grupo, afirmou que o objetivo não é mudar “as regras no meio do jogo”, apesar da pressa que o grupo tem demonstrado em finalizar os trabalhos. Além da equipe, Arthur Lira montou um Conselho Consultivo, composto por nomes como Nelson Jobim, Michel Temer e Ellen Gracie.

Samuel Moreira diz que o atual presidencialismo “não cabe mais” e afirma que o sistema apresenta dois problemas: a falta de mecanismo para resolver conflitos entre Executivo e Legislativo e a falta de responsabilidade dos parlamentares da base com as políticas do governo. Especialistas, no entanto, afirmam que o regime semipresidencialista diminui a importância do voto da população nas principais decisões do país.

No cronograma que o grupo montou, estão previstas apenas quatro audiências públicas e três reuniões com o Conselho Consultivo. Essas conversas teriam que acontecer até o mês de junho, quando a equipe pretende votar o relatório.

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Semipresidencialismo de Lira pode diminuir poder do voto

O regime semipresidencialista é parecido ao parlamentarista. Com a mudança, o Brasil passaria a ter a figura do primeiro-ministro, que seria indicado pelo presidente da República. Além disso, haveria o instituto do voto de desconfiança, que permitiria a destituição do premiê.

O primeiro-ministro ainda precisaria ser aprovado ou não pelos deputados. De acordo com especialistas, o semipresidencialismo reduz o poder da população, já que seu principal representante eleito (o presidente da República) teria menos poderes e ficaria mais refém do Congresso.

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