EUA ameaçam sancionar China por não sancionar Rússia
A secretária de comércio estadunidense, Gina Raimondo, deu um ultimato, na noite de terça-feira (8), às empresas chinesas: se não acatarem as sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Rússia, ficarão sem equipamentos e softwares americanos de que precisam para fabricar seus produtos.
Em entrevista ao The New York Times, Raimondo afirmou que o governo Biden poderia “essencialmente fechar” a Semiconductor Manufacturing International Corporation ou qualquer empresa chinesa que desafiasse as sanções dos EUA e continuasse a fornecer chips e outras tecnologias avançadas para a Rússia.
Segundo a secretária, se descobrir que uma empresa como a Semiconductor Manufacturing International Corporation, em Xangai, está vendendo seus chips para a Rússia, “nós poderíamos essencialmente fechar a SMIC para impedir que eles usassem nossos equipamentos e nosso software” , disse ela.
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República da Coréia adere à coalização global de nações contra Rússia
Na última segunda-feira (7), Raimondo e o Ministro do Comércio, Indústria e Energia da República da Coréia, Sung Wook anunciaram a adesão da República da Coreia à coalizão global de nações que estão contra a agressão russa.
O grupo é formado ainda pelos países da União Europeia (UE), Japão, Canadá, Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia e compreende a adoção de medidas rigorosas de exportação, que proíbem a venda de certos produtos de alta tecnologia, incluindo semicondutores avançados, para a Rússia e a Bielorrússia .
Entenda como funcionam as sanções
Os controles de exportação dos EUA não se aplicam apenas às empresas americanas, mas a empresas em qualquer lugar do mundo que usam software ou tecnologia americana para fabricar seus produtos, o que incluiria as empresas chinesas.
China e a Rússia fortaleceram seus laços comerciais nos últimos anos, e, consequentemente, o governo chinês expressou alguma solidariedade com o governo russo apesar da invasão. Apesar disso, segundo Raimondo, a China não tem capacidade para fabricar os semicondutores mais avançados do mundo. Por isso, as empresas chinesas que continuarem a fornecer à Rússia enfrentarão duras penalidades.
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