Apoie o DCM

Governo tentou retardar extradição de Allan dos Santos, mas delegada agiu mais rápido

Jair Bolsonaro e Allan dos Santos
Jair Bolsonaro e Allan dos Santos. Foto: Reprodução

Apesar da tentativa de retardar extradição de Allan dos Santos, a delegada Amélia Fonseca foi mais rápida. O secretário Nacional de Justiça, Vicente Santini, pediu os papéis do caso à delega da PF para produzir parecer contrário. Entretanto, foi informado de que a ordem de Alexandre de Moraes já havia sido enviada para os Estados Unidos.

Essa foi a razão que levou à demissão da diretora do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) do Ministério da Justiça. Esse é o setor responsável por extradições, transferências e repatriação de ativos.

Leia também:

1 – The Economist diz que Bolsonaro faz mal à economia, meio ambiente e democracia

2 – Piloto do avião de Marília Mendonça avisou por rádio que estava tentando pousar

3 – Briga de vereadoras na Câmara de SP deve acabar em cassação

Ministro da Justiça disse que faria “análise” sobre extradição de Allan dos Santos

A ordem de prisão preventiva e de extradição foi expedida no início de outubro. O procedimento costuma ser automaticamente encaminhado ao país onde está o procurado. Foi o que o DRCI fez: despachou a ordem para os EUA assim que a ordem chegou ao Ministério da Justiça.

No fim do mês, em entrevista à Jovem Pan, Anderson Torres disse que iria analisar o pedido. “Assim que a ordem judicial chegar nós vamos fazer uma análise disso”, afirmou.

À época, contava que o caso seria manejado para Santini, que dois dias antes a entrevista enviou um memorando ao DRCI. Foi aí que ele descobriu que o pedido de extradição já estava com o governo americano.

Em resposta, ele exonerou Amélia do cargo sem sequer nomear um substituto. O departamento segue funcionado, agora sob as ordens de Santini.

 

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link