Governo tentou retardar extradição de Allan dos Santos, mas delegada agiu mais rápido
Apesar da tentativa de retardar extradição de Allan dos Santos, a delegada Amélia Fonseca foi mais rápida. O secretário Nacional de Justiça, Vicente Santini, pediu os papéis do caso à delega da PF para produzir parecer contrário. Entretanto, foi informado de que a ordem de Alexandre de Moraes já havia sido enviada para os Estados Unidos.
Essa foi a razão que levou à demissão da diretora do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) do Ministério da Justiça. Esse é o setor responsável por extradições, transferências e repatriação de ativos.
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Ministro da Justiça disse que faria “análise” sobre extradição de Allan dos Santos
A ordem de prisão preventiva e de extradição foi expedida no início de outubro. O procedimento costuma ser automaticamente encaminhado ao país onde está o procurado. Foi o que o DRCI fez: despachou a ordem para os EUA assim que a ordem chegou ao Ministério da Justiça.
No fim do mês, em entrevista à Jovem Pan, Anderson Torres disse que iria analisar o pedido. “Assim que a ordem judicial chegar nós vamos fazer uma análise disso”, afirmou.
À época, contava que o caso seria manejado para Santini, que dois dias antes a entrevista enviou um memorando ao DRCI. Foi aí que ele descobriu que o pedido de extradição já estava com o governo americano.
Em resposta, ele exonerou Amélia do cargo sem sequer nomear um substituto. O departamento segue funcionado, agora sob as ordens de Santini.
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