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Faraó dos bitcoins recebia dinheiro de traficantes e milicianos

O faraó dos bitcoins
Glaidson, o “faraó dos bitcoins” e Mirelis Zerpa são investigados pela PF por sonegação fiscal e fraude ao sistema financeiro. Foto: Reprodução

O esquema do “faraó dos bitcoins” aplicava dinheiro do tráfico e da milícia. Ele é suspeito de receber dinheiro de organizações criminosas, segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Glaidson Acácio dos Santos e outras 16 pessoas se tornaram réus por fraude ao sistema financeiro.

Segundo o órgão, a GAS Consultoria e Tecnologia era usada para investimentos de criminosos. “Identificadas informações concretas a respeito da utilização do grupo GAS para a injeção de recursos oriundos de crimes graves como tráfico de drogas e constituição e funcionamento de milícias privadas”, diz o documento, informa o g1.

A Polícia Federal descobriu que dois moradores da comunidade do Lixo, em Cabo Frio, fizeram depósitos em dinheiro que totalizam R$ 1,7 milhão. Eles foram feitos em 30 de junho do ano passado. Um deles tem o valor de R$ 900 mil e o outro, R$ 800 mil. Os dois homens não têm emprego ou ocupação que justifique as transferências. A PF afirma que os investimentos desses grupos chegaram a R$ 2 milhões.

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De aspirante a pastor a garçom: quem é o faraó dos bitcoins

Com 38 anos, ele mantinha uma vida simples até abrir sua primeira empresa em 2015. Antes disso, foi aspirante a pastor.

Em 2003, ingressou no treinamento pastoral da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), mas foi afastado.

Segundo a instituição, ele foi descartado por “não atender aos padrões do ministério”. Mesmo assim, doou mais de R$ 100 milhões à igreja anos depois. Antes de abrir sua empresa, trabalhou como garçom, com um salário de R$ 800, em restaurante em Búzios (RJ).