General chefe da Petrobras defende lucro, é contra tabelar preços e diz que pode privatizar a empresa
Com a disparada no preço dos combustíveis e com a Petrobras no centro de críticas, inclusive da classe política, o presidente da maior estatal do país, general de Exército da reserva Joaquim Silva e Luna, defendeu sua gestão, uma possível privatização e negou que a empresa seja a responsável pela alta dos preços. A Petrobras subiu a gasolina em 60% nas refinarias, e o diesel, em mais de 50% em 2021.
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General que diz que a Petrobras pode ser privatizada
Em entrevista à Carla Araújo no UOL, o general disse que a empresa não vai aceitar intervenção, que o “tabelamento de preços sempre trouxe as piores consequências”, que a busca pelo lucro não deve ser condenada e que a decisão sobre privatizar ou não a empresa cabe ao governo.
General afirmou que a estatal tem atuado para assegurar o crescimento equilibrado da economia para a recuperação da pandemia. Sobre o custo dos combustíveis, o general disse que o cenário é mais complexo e que o cidadão precisa entender as variáveis que impactam o preço nas bombas.
“É importante entender que a Petrobras não tem nem a capacidade nem a legitimidade para controlar os preços de combustíveis praticados no Brasil”, afirmou, acrescentando que a empresa tem conseguido bons resultados mesmo com a crise econômica.
Para justificar a alta dos combustíveis, Silva e Luna diz ainda que a sociedade vive atualmente as consequências da pandemia e da retomada econômica.
“A redução da oferta global de energia fóssil, programada na eclosão da covid, em 2020, e estimulada pelo voluntarismo excessivo da transição energética, tornou a energia muito escassa nesse momento de alta demanda, com a retomada da atividade pós-vacinação”, disse.