Apoie o DCM

General acusado de tortura vai presidir a Interpol

Ahmed Nasser al-Raisi
General Ahmed Nasser al-Raisi foi alvo de várias acusações de tortura.
Imagem: Ipixelpro/Creative Commons

Um general dos Emirados Árabes Unidos, acusado de tortura, foi eleito presidente da Interpol. Organizações de direitos humanos e membros do parlamento europeu demonstraram preocupação.

Leia mais:

1 – Lira recuou de aposentadoria de ministros do STF após ameaça
2 – Mendonça tem maioria na CCJ para indicação ao STF
3 – Estátua de Bolsonaro vai parar no lixo em Passo Fundo/RS

“O Sr. Ahmed Nasser al-Raisi, dos Emirados Árabes Unidos, foi eleito para o cargo de presidente”, diz a conta da Interpol no Twitter.

Chefe das forças de segurança do país, Raisi assumirá um papel amplamente cerimonial e voluntário durante seu mandato de quatro anos.

O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, cuida do gerenciamento diário da organização. As ações receberam um segundo prazo de cinco anos em 2019.

Queixas de tortura foram feitas contra Raisi nos últimos meses na França e na Turquia, que está hospedando a assembleia geral da Interpol em Istambul esta semana.

A nomeação segue um financiamento generoso dos Emirados Árabes Unidos para a Interpol, com sede em Lyon, França. Há acusações de que Abu Dhabi abusou de seu sistema de notificações para suspeitos procurados para perseguir dissidentes políticos.

No dia 11 de novembro, três parlamentares europeus escreveram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para alertar sobre o impacto que a nomeação do general teria na Interpol.

“A eleição do general al-Raisi pode prejudicar a missão e a reputação da Interpol e afetar seriamente a capacidade da organização de cumprir sua missão com eficácia”, escreveram eles.

Em outubro de 2020, 19 ONGs, incluindo a Human Rights Watch, expressaram preocupação com a possível escolha de Raisi, descrito por eles como sendo “parte de um aparato de segurança que continua a visar sistematicamente os críticos pacíficos”.

Com informações do The Guardian.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link