Haddad diz que PDT quer viabilizar a reeleição de Bolsonaro: “Estrago monumental!”
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) se manifestou nas redes sobre o voto da bancada do PDT a favor da PEC dos Precatórios.
Para o petista, os parlamentares atuaram para facilitar a reeleição de Bolsonaro, já que a proposta banca um calote para dar o Auxílio Brasil em ano eleitoral – importante lembrar que os recursos do Bolsa Família, extinto por Bolsonaro, estão disponíveis no orçamento para essa finalidade.
Na realidade, a principal intenção da PEC dos Precatórios é viabilizar recursos para o “orçamento secreto” de Bolsonaro para manter deputados alinhados com o governo através de emendas a 11 meses da eleição.
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“Em 2018, 3 dos 4 candidatos do PDT a governador que foram para o 2° turno declararam voto no Bolsonaro. Hoje, o partido assinou um cheque de R$ 90bi para viabilizar sua reeleição. Não sei se tem conserto. Estrago monumental”, disse Haddad no Twitter.
15 dos 21 deputados do partido de Ciro Gomes se posicionaram a favor da PEC.
Em 2018, 3 dos 4 candidatos do PDT a governador que foram para o 2° turno declararam voto no Bolsonaro. Hoje, o partido assinou um cheque de R$ 90bi para viabilizar sua reeleição. Não sei se tem conserto. Estrago monumental!
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) November 4, 2021
Partido de Ciro Gomes, PDT traiu oposição e apoiou PEC de Bolsonaro
O PDT fechou questão sobre a PEC dos Precatórios e a bancada teve que votar a favor do projeto. A legenda traiu a oposição e deu total apoio ao que tem sido chamada de PEC do Calote.
A sigla é a única de oposição ao governo Bolsonaro a dizer “sim” ao texto. A alegação é que bilhões serão usados pelo Palácio para pagar emendas aos parlamentares através do orçamento secreto.
O PDT seguiu um caminho contrário porque Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, prometeu antecipar aos municípios e estados o pagamento de precatórios ligados ao Fundo de Manutenção. E também de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
O chefe da Casa prometeu pagar 40% do montante no ano que vem. Outros 30% em 2023 e 30% em 2024. Após muita conversa entre deputados e líderes da sigla, ficou definido que precisavam votar a favor.