Ídolo de Bolsonaro, Macri vira réu por espionagem na Argentina
Nesta quarta-feira (01), o ex-presidente da Argentina Mauricio Macri virou réu por supostamente ter espionado famílias dos 44 marinheiros mortos do submarino militar ARA San Juan em 2017, quando ocupava a presidência. A informação foi dada pelo juiz Martín Bava, encarregado da investigação.
Na acusação formal, o juiz disse que Macri responderá em liberdade, mas estará proibido de deixar a Argentina. É o primeiro processo formal contra o ex-presidente desde que ele deixou o cargo, em 2019. “As práticas ilegais que se suspeitam nesta resolução nos remontam às épocas mais obscuras de nosso país”, disse o magistrado, referindo-se à Ditadura Militar argentina nas décadas de 1970 e 1980.
Macri é acusado de facilitar a espionagem para obter dados pessoais e informações sobre os familiares dos tripulantes do submarino. Inclusive, segundo o juiz, para verificar informações como opiniões políticas e participação em organizações sociais, sindicais e partidárias. “É uma perseguição política”, disse o ex-presidente sobre o processo, durante visita ao Chile nesta quarta. Com informações do Globo.
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Macri é ídolo de Bolsonaro
Macri presidiu a Argentina entre 2016 e 2019, quando perdeu a eleição para o atual presidente, Alberto Fernández. Nesta época, o mandatário brasileiro Jair Bolsonaro já era tiete do argentino.
Em 2019, ao apoiar a reeleição do aliado, Bolsonaro deu uma entrevista afirmando que a Argentina e o Brasil não podiam voltar a corrupção. Irônico, não?
“Argentina e Brasil não podem retornar à corrupção do passado, a corrupção desenfreada pela busca do poder. Contamos com o povo argentino para escolher bem seu presidente em outubro”, disse o presidente na época. “Torcemos para que o povo argentino escolha um candidato de centro-direita, como o Brasil, e também o Paraguai, o Chile, o Peru e a Colômbia”, completou.
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