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Jean Wyllys relembra quando reagiu a taxista fascista

Jean Wyllys
Jean Wyllys. Foto: Reprodução/PT Na Câmara

Jean Wyllys relembrou um episódio que precisou enfrentar após a vitória de Bolsonaro em 2018. O ex-deputado federal recebeu ameaça de um taxista, mas não se calou diante do fato. O professor destacou que também poderia comprar armas, caso o presidente liberasse a aquisição aos brasileiros.

“Lembrei-me de um dos muitos terrores que sofri, e que me exigiu uma presença de espírito é um força tremenda, que nem eu mesmo sei de onde tirei. Aconteceu durante uma das minhas viagens Brasília – Rio de Janeiro em 2018, o ano maldito que ainda não acabou”, iniciou.

“Marielle Franco e Anderson Gomes já haviam sido executados por sicários das milícias que sempre mantiveram relações com os Bolsonaro, e sob a intervenção militar no Rio perpetrada pelo Gal. Braga Neto, que hoje – Oh, que coincidência! – integra a cúpula do governo genocida”, prosseguiu.

“Eu vivia sob escolta da polícia legislativa quando trabalhava e me trasladava, inclusive dentro do avião. Uma equipe me deixavam no aeroporto e uma outra me recebia para me levar até em casa ou a alguma atividade do Legislativo. Eis que, certo dia equipe que me receberia no Santos Dumont atrasou por algum problema no carro blindado. Vi-me sozinho. Insultado por fascistas que me viam parado esperando. Achei que era mais risco ficar ali do que ir sozinho tomar um táxi no ponto”, continuou.

“Fui ao me dirigir ao primeiro taxista da fila, ele me olhou com aqueles olhos de ódio e repulsa e me disse: ‘Bolsonaro vai liberar a compra de armas quando ele for presidente. De 2019 você não passa!’. Um frio na espinha me paralisou por alguns segundos, mas eu decidi reagir”, relatou Jean.

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Jean Wyllys contou que reagiu

O ex-deputado demonstrou medo no início, mas logo resolveu rebater o taxista. O professor destacou que também iria poder comprar armas e faria questão de se defender dos fascistas.

“Disse: ‘Bom, se ele liberar as armas não será só pra fascistas como você; creio que eu também terei direito à minha, não é? Você quanto custa uma arma? Pois eu posso te garantir que meu salário dá pra comprar mais de uma. Ou você acha que vamos aceitar morrer sem fazer nada?’”, indagou.

“Agora foi a vez dele se calar e tremer um pouco, afinal eu disse isso da forma mais fria que eu pude e olhando dentro dos olhos do Zé Mané. Nesse tempo, a escolta chegou e o chefe reclamou comigo por ter peitado o fascista sozinho, que ele poderia ter feito algo contra mim”, acrescentou.

“Com todo risco que corremos, precisamos, como diz a letra da canção: ‘Gritando para assustar a coragem do inimigo, pulando pra não ser preso pelas cadeias da intriga; prefiro ter toda a vida como inimiga a ver, na morte da vida, minha sorte decida!'”, concluiu.

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