Lula ganha importante apoio internacional para 2022

O SPD, que venceu as eleições alemãs, vai apoiar o ex-presidente Lula em 2022. O PT tem proximidade com os sociais-democratas da Alemanha e enxergam no petista de abrirem uma relação ainda mais amistosa com o Brasil. Para isso, é preciso que o SPD consiga uma coalização com os Verdes.

Essa aproximação entre os partidos foi explicada pelo ex-líder e ex-presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, deu em 2018. “Nós [sociais-democratas] temos um grande interesse em uma vitória eleitoral do PT”, comentou na época. Deixou também claro que confiava na inocência de Lula.

“O Brasil merece um presidente que defenda a justiça social, o respeito e a cooperação multilateral. Este é o projeto do Partido dos Trabalhadores que eu apoio”, acrescentou.

O ex-presidente brasileiro respondeu através de uma carta. “Aos companheiros democratas da Alemanha, quero agradecer a solidariedade de vocês desde os tempos das greves de 1980. Agora fizeram um golpe, tirando uma presidente eleita, e agora com um golpe judicial não querem que eu concorra a Presidência do Brasil. Conto com a solidariedade do povo alemão”.

Em março deste ano, quando o STF anulou o processo do triplex do Guarujá, Schulz comemorou. “Há dois anos visitei o ex-presidente brasileiro Lula em Curitiba – em sua cela de prisão. O Supremo Tribunal Federal deu-lhe ontem de volta todos os seus direitos políticos e ele deve concorrer às eleições de 2022! Terá o meu apoio”, postou.

“Se Lula tivesse sido candidato, Bolsonaro não teria sido eleito. É preciso ter em mente que o que sustenta a democracia não é só a vontade popular, mas também a vontade da mídia, que está disposta a sacrificar a democracia em nome de seus interesses”, completou.

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Lula se encontrou com Schulz

O ex-presidente do Brasil teve um encontro virtual com Schulz. “Solidariedade com as brasileiras e brasileiros nesse dramático momento de crise sanitária, econômica e ambiental. O negacionismo da ciência não pode ser o caminho! Obrigado Lula pela excelente conversa e seu compromisso com o Brasil!”, disse o alemão na época.