Afastamento de médicos por Covid-19 dobra em SP e categoria ameaça greve
Médicos que fazem parte da Atenção Primária à Saúde (APS) ameaçam entrar em greve na cidade de São Paulo. Uma assembleia foi marcada para esta quinta-feira (12) Às 19:30. Os profissionais alegam que equipes estão exaustas e doentes, unidades estão superlotadas e falta medicamentos.
O avanço da vaMédicriante Ômicron na cidade agravou ainda mais a situação. Isso porque cerca de 1.600 funcionários estão afastados, vítimas da doença e vírus da influenza. Esse número representa um aumento de 111% se comparado ao mês de dezembro do ano passado.
Os médicos da rede municipal reivindicam que haja mais equipes para atendimentos de pacientes e pagamentos de horas extras.
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Médicos afirmam que estão sobrecarregados
A médica Ana Paula Amorim, que é diretora da Associação Paulista de Medicina de Família, disse à Folha que ” único recurso adicional é a sobrecarga. Os funcionários estão sendo convocados para trabalhar aos sábados sem saber como serão remunerados. Algumas OSS [organizações sociais de saúde] não estão pagando como horas extras, oferecem como banco de horas, mas, na prática, ninguém consegue tirar essas horas”.
Na UBS Jardim Fontalis, Zona Norte, há atualmente dois médicos para atender uma região que conta com 60 mil habitantes.
A Secretaria de Saúde de São Paulo informou ao Sindhsfil que autorizou o pagamento de horas extras e já recebeu aval para contratação de médicos e enfermeiros para suprir demanda. Em relação à falta de medicamentos a pasta reconheceu que há desabastecimento por causa de problemas com importação e cancelamento de compras.
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