VÍDEO: Michel Temer joga culpa de golpe contra Dilma no povo

O ex-presidente Michel Temer foi questionado se Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade. O advogado escapou do assunto e colocou a culpa do golpe na população brasileira.
“Todo o processo de impeachment é conduzido pelo Congresso Nacional. Você percebe que até o presidente da Câmara tem, digamos assim, a competência integral pra deflagrar ou não o processo de impeachment. Não há condições pra avaliar sob o foco jurídico. O foco é sempre político”, disparou.
“Houve nas tais pedaladas que geraram um conflito muito grande. E havia povo na rua, muito povo. Vou dizer uma coisa: quem decreta o impeachment não é o Congresso Nacional. O Congresso Nacional é influenciado pelo movimento de rua. Se não há movimento de rua, não há impedimento”, acrescentou.
Ele destacou que teve dois pedidos de impeachment contra ele, mas não foi pra frente. Na visão dele, faltou pessoas nas ruas. “Quando tem povo na rua, sensibiliza o Congresso e o Congresso decreta o impedimento”, concluiu.
Confira o vídeo:
Dilma cometeu crime de responsabilidade? Eleito vice-presidente da petista, @MichelTemer respondeu a pergunta no #RodaViva: "Quem decreta impeachment não é o Congresso Nacional. O Congresso Nacional é influenciado pelo movimento de rua". #RodaViva35Anos pic.twitter.com/54vVX07EFM
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Temer não se arrepende de ter ajudado Bolsonaro
O ex-presidente Michel Temer afirmou que não se arrepende de ter escrito a carta de recuo de Bolsonaro. Nesta segunda (27), durante o Roda Viva, ele explicou o motivo de ter tido a ação. Na visão dele, o momento era perigoso e poderia resultar em um novo impeachment.
“Você sabe que hoje eu trabalho pelo sistema semipresidencialismo. Pelo fundamento, o impeachment é sempre um transtorno. Você sabe que cheguei ao poder em função de um impedimento. Mas eu reconheço que, toda vez que há um impedimento, há um trauma institucional. É por isso que optei pela mudança do sistema de governo”, contou.
Depois dos atos antidemocráticos de 7 de setembro, Temer passou a acreditar que poderia ter um impeachment. Por causa disso, ele aceitou em conversar com Bolsonaro e escrever a carta. “Eu sentia um clima muito negativo no país. Evidentemente, eu não poderia me omitir. Eu vi naquilo um momento que poderia distensionar as questões todas”, relatou.
“Eu não me arrependo minimamente do que fiz. Não pensei [em ‘salvar’ Bolsonaro de impeachment]. Eu pensei em distensionar o país”, concluiu.
Confira o vídeo:
.@MichelTemer: "Eu não me arrependo minimamente do que fiz. Não pensei [em 'salvar' Bolsonaro de impeachment]. Eu pensei em distensionar o país". #RodaViva #RodaViva35Anos pic.twitter.com/HJPx331PNG
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