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Míssil hipersônico da China é capaz de circular o planeta Terra

Veja míssil da China
Foguete Long March 5B decolando do Centro de Lançamentos de Wenchang, na China, em 29 de abril — Foto: STR/AFP

China chamou a atenção de autoridades americanas ao testar um míssil hipersônico com capacidade nuclear que circulou a Terra. O teste, que ocorreu em agosto, foi mantido em segredo, de acordo com informações do jornal Financial Times.

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China e seu míssil

Segundo o FT, o planador hipersónico estava armado com uma ogiva nuclear e foi lançado por um foguete do tipo Long Marche, desenvolvida pela China. O míssil circulou a Terra em órbita baixa antes de descer em direção a um alvo, mas errou a meta em cerca de 38 quilômetros. Mesmo assim, o teste surpreendeu autoridades dos Estados Unidos.

Além de Pequim, os Estados Unidos e a Rússia também trabalham no desenvolvimento de tecnologia hipersônica.

Difíceis de serem rastreadas, as armas hipersônicas em desenvolvimento por estes países são lançadas por um foguete ao espaço – a exemplo das naves utilizadas em missões espaciais.

Elas voam a cinco vezes a velocidade do som, orbitam a Terra com o próprio impulso e são manobráveis, podendo desviar a rota inicial.

China versus EUA

O teste realizado pelo China levantou novas questões sobre por que os EUA frequentemente subestimam a modernização militar do país.

Os EUA, a Rússia e a China estão desenvolvendo armas hipersônicas, o que inclui veículos planadores lançados ao espaço em um foguete, mas que orbitam a Terra com seu próprio impulso.

Essas armas voam a cinco vezes a velocidade do som, menos que um míssil balístico. O principal diferencial é que eles não seguem a trajetória parabólica fixa desses projéteis e, na verdade, são manobráveis, o que os torna mais difíceis de rastrear.

Taylor Fravel, especialista em política de armas nucleares chinesas que não sabia do teste, declarou que um veículo planador hipersônico armado com uma ogiva nuclear poderia ajudar a China a “neutralizar” os sistemas de defesa antimísseis dos EUA, projetados para destruir mísseis balísticos.