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Moraes prorroga investigação contra Bolsonaro em inquérito por vazamento

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes
Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Wikimedia Commons

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou, por 60 dias, as investigações da Polícia Federal sobre o vazamento de documentos sigilosos da PF pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O pedido para que a investigação fosse prorrogada foi feito pela própria corporação.

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Bolsonaro investigado por vazar documentos sigilosos

A investigação começou em agosto, quando Bolsonaro divulgou na internet um inquérito, na íntegra, que apurava supostos ataques ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018. O presidente distorceu informações, já que seu objetivo era insinuar que as urnas eletrônicas não eram confiáveis. O próprio TSE explicou, em seguida, que o que Bolsonaro estava divulgando era uma notícia falsa.

A pedido do TSE, dias depois, Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal investigasse o caso. O ministro escreveu, na decisão, que aqueles dados “jamais poderiam ser divulgados sem a devida autorização judicial” e que “sem a existência de qualquer justa causa, o sigilo dos autos foi levantado e teve o seu conteúdo parcialmente divulgado pelo presidente da República”.

Para Alexandre de Moraes, essa postura de Bolsonaro pode configurar o crime que está previsto Artigo 153 do Código Penal: divulgação de segredo com potencial prejuízo para a administração pública.

Com informações da Carta Capital