Apoie o DCM

Em manobra, estatal controlada por militares aumentou em 6x salários de motoristas

Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da estatal que promoveu motoristas em manobra
Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da estatal que promoveu motoristas em manobra. Foto: Divulgação

Em estatal, motoristas de militares tiveram aumento salarial de seis vezes. Quatro deles foram promovidos a assistentes, um cargo de confiança, e tiveram seus salários elevados de R$ 3,4 mil a R$ 18,6 mil. A diferença é de 447%.

A manobra foi capitaneada pelo atual presidente da Nuclep (Nuclebrás Equipamentos pesados) e foi considerada ilegal pela CGU (Controladoria-Geral da União). Para ao órgão, houve um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Dois relatórios de auditoria da controladoria recomendam que as promoções sejam apuradas. Um deles ainda propõe “devido ressarcimento” do valor à Nuclep.

Entretanto, o caso acabou arquivado em apuração interna e não houve apontamento de culpa ou dolo por parte dos diretores da estatal responsáveis pelas promoções. Também não houve ressarcimento. Os motoristas, porém, perderam os cargos de confiança.

Leia também:

1 – Aparelhamento: Presidente mentiu ao tentar justificar mudança na PF

2 – Prefeita bolsonarista de Bauru (SP) notifica McDonald’s após banheiro unissex

3 – Com suspensão de Orçamento Secreto, como ficam as emendas já reservadas?

Oferta de cargos de confiança aos motoristas foi aprovada em reunião

Em reunião em 3 de agosto de 2016, a oferta foi discutida na Nuclep. Estavam no encontro o contra-almirante da reserva Carlos Henrique Silva Seixas e o vice-almirante Liberal Enio Zanelatto. O primeiro era diretor administrativo e hoje é presidente da estatal. O segundo, era diretor industrial da empresa e hoje é diretor industrial da Marinha.

“O diretor administrativo confirmou a proposta apresentada, manifestando-se favoravelmente à implementação”, diz ata da reunião. Dos quatro motoristas que ganharam cargo de confiança, dois tinham ensino fundamental completo e os outros dois, o ensino médio.

A informação é da Folha.

 

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link