Omar Aziz revela posição sobre André Mendonça no STF

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), se posicionou sobre a indicação de André Mendonça ao STF. Em encontro com senadores evangélicos na última quarta (15), falou que votará no indicado de Bolsonaro. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Ao tomar um café no Senado, o parlamentar soube que lideranças religiosas estavam em Brasília. Os evangélicos estão fazendo pressão para Alcolumbre pautar a sabatina de Mendonça. Aziz então pediu para que um recado chegasse neles sobre seu voto.
Apesar de ser opositor de Bolsonaro na CPI, declarou que será favorável a Mendonça no Supremo. O recado foi muito bem recebido pelos líderes evangélicos, que trabalham para colocar André na Corte.
Oposição e parcela do Judiciário estão na torcida para que André Mendonça desista da vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), diante das dificuldades para ser aprovado pelo Senado. O ex-advogado-geral da União, no entanto, foi enfático em declaração à coluna: “Sem chances”, disse.
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Omar Aziz soube que Mendonça não quer desistir
Ele foi indicado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro para o STF, na vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio Mello. Desde então, o presidente vem aumentando o tom dos ataques ao tribunal e aos ministros. O clima pesado adiou a sabatina de Mendonça na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, caminho obrigatório para a cadeira no Supremo.
O ex-AGU não quer desistir. Foi encorajado ontem (15) por Bolsonaro – que, em reunião no Palácio do Planalto, disse a seu escolhido que não tem plano B para o STF. Ou seja, não nomeará outra pessoa no lugar do ex-advogado-geral.
Também estavam na reunião lideranças evangélicas, o segmento que mais apoia a nomeação de Mendonça. E um grupo de senadores fiéis a Bolsonaro – como Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente; Carlos Viana (PSD-MG) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).
A colegas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), teria se comprometido a conversar com o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tentar convencê-lo a agendar logo a sabatina. Mas, por ora, não há data provável.