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Pastor do MEC foi a 10 gabinetes, inclusive o de Eduardo, e esteve 90 vezes na Câmara

Foto de Eduardo Bolsonaro com expressão de indignado no plenário da Câmara.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Gilmar Feliz/Câmara dos Deputados

O pastor Arilton Moura, apontado como um dos lobistas que cobrava propina de prefeitos para agilizar liberações de verbas no Ministério da Educação (MEC), esteve 90 vezes na Câmara dos Deputados e visitou, inclusive, o gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do presidente. É o que aponta o registro de entrada no Congresso Nacional, documento que foi obtido pelo jornal O Globo.

As visitas de Arilton à Câmara aconteceram entre janeiro de 2019, quando começou o governo Bolsonaro, até março de 2022. O sistema de segurança da Casa registrou que ele visitou ao menos dez gabinetes de parlamentares de diferentes partidos, indo do PL ao PSB. Na quinta-feira (07), ele e o outro líder religioso apontado como lobista, Gilmar Santos, se recusaram a comparecer no Senado para explicar as denúncias envolvendo o escândalo no MEC.

Arilton e Gilmar tinham trânsito livre no governo e proximidade com os filhos do presidente. Arilton esteve no gabinete 350 no Anexo IV, ocupado por Eduardo Bolsonaro no dia 16 de outubro de 2019. Dois dias depois, de acordo com o jornal O Globo, os dois líderes religiosos tiveram um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto. Eduardo não quis comentar a conversa com o lobista.

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Entenda o caso dos pastores do MEC

A crise no Ministério da Educação começou quando se tornou público um áudio em que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, admite priorizar as mediações feitas pelo pastor Gilmar Santos para liberar verbas para municípios. Ele e Arilton Moura se aproveitavam do bom trânsito no governo para cobrar propinas de prefeitos, prometendo conseguir projetos e verbas nas cidades. Os líderes religiosos faziam isso mesmo sem ter qualquer cargo no MEC.

Desde que a gravação veio à tona, surgiram denúncias de prefeitos denunciando os pedidos de propina. Um deles, inclusive, contou que Arilton Moura chegou a pedir sua parte em barra de ouro. De acordo com o próprio áudio, o favorecimento de Gilmar e Arilton contava com o aval de Bolsonaro.

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