Preparadora de elenco de ‘Marighella’ é denunciada por tortura, humilhação e agressão
Do Notícias da TV
Métodos de tortura, pé no pescoço, xingamentos e humilhações. Parecem cenas retratadas em Marighella (2021), filme de Wagner Moura que se passa durante a Ditadura Militar (1964-1985), mas são relatos sobre os métodos de ensino utilizados por Fátima Toledo, preparadora de elenco que trabalhou na produção do longa e em títulos como Tropa de Elite (2007).
Os abusos de Fátima vieram à tona após uma denúncia pública feita por Denise Weinberg, atriz indicada do Emmy Internacional e com mais de 40 anos de experiência em teatro. As duas trabalharam juntas na preparação para o filme Linha de Passe (2008), dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas.
“Fui torturada”, conta Denise em entrevista exclusiva ao Notícias da TV. “Botaram o pé na minha nuca, mandaram dizer que eu era uma merda. Ela falou na minha cara a merda de atriz que eu era, que não precisava de atrizes. Eu tive sequelas. Falei da humilhação, mas é uma violação dos direitos humanos. Tive hemorragia, perdi a voz.”
Denise decidiu se manifestar após assistir à participação de Wagner Moura no programa Roda Viva do dia 1º. Durante a entrevista, o diretor, que trabalhou com Fátima tanto em Marighella quanto em Tropa de Elite, encheu a preparadora de elogios. (…)
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Wagner Moura estará em exibição de ‘Marighella’ na ocupação do MTST
O ator e diretor Wagner Moura estará presencialmente em uma exibição do filme Marighella em um assentamento do MTST, movimento dos sem-teto liderados por Guilherme Boulos.
O DCM recebeu a seguinte nota:
WAGNER MOURA E MTST LEVAM ‘MARIGHELLHA’ PARA OCUPAÇÃO
Na próxima quarta-feira (11), a partir das 18h, os moradores da ocupação Carolina Maria de Jesus assistirão a uma sessão especial do filme Marighella, com a presença de Wagner Moura. Além do diretor, também são presenças confirmadas Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, os atores Humberto Carrão, Henrique Vieira e Bella Camero e lideranças do movimento negro.
O filme será e exibido com o apoio do projeto CineB Solar.
A ocupação do MTST Maria Carolina de Jesus, localizada na zona leste de São Paulo, foi nomeada em homenagem a escritora preta, mãe solo e periférica como muitas mulheres sem teto, tem cerca de 60 mil m² e mais de 2 mil famílias.
É muito simbólico que um espaço de luta tão importante como uma ocupação, receba uma sessão especial de um filme cuja produção precisou lutar desde 2019 contra tentativas de censura para poder exibi-lo para todo o Brasil.
Marighella já é um sucesso de público, tendo levado quase 70 mil pessoas ao cinema, agora chega na ocupação do MTST para que os trabalhadores da periferia de São Paulo possam assistir gratuitamente.