Apoie o DCM

Presidente da Anvisa cobra governo Bolsonaro por vacinação infantil: “Estatística macabra de mortes”

diretor-presidente Anvisa
Diretor-presidente da Anvisa – Foto: Reprodução

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, cobrou explicações do governo Bolsonaro pela demora em iniciar a imunização contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos. Para Barra Torres, a pasta deve dizer por que escolhe atrasar a campanha enquanto o país registra “estatística macabra” de mortes nessa faixa etária.

“Nós temos 301 crianças mortas na faixa de 5 a 11 anos desde que a covid-19 começou até o início de dezembro. Nestes 21 meses, numa matemática simples, nós temos um pouquinho mais de 14 mortes de crianças ao mês, praticamente uma a cada dois dias. Então acho que essa informação à sociedade se faz necessária”, disse o chefe da Anvisa.

Ele também criticou a opção do Ministério da Saúde por abrir uma consulta pública sobre o tema e só divulgar a decisão final em 5 de janeiro de 2022. 20 dias depois de a Anvisa ter liberado a vacinação. Com informações do UOL.

Leia também:

1- Queiroga segue Bolsonaro e diz que vacinação infantil precisará de prescrição médica

2- Após 13 dias fora do ar por ataque hacker, ConecteSUS volta com lentidão e oscilações

3- VÍDEO: Ladrões invadem loja do Shopping Itaquera e causam tumulto

Presidente da Anvisa cobra “Estatística macabra de mortes” nessa faixa etária.

“Quais são as entidades que já se manifestaram pela qualidade, segurança e eficácia dessas vacinas? A Anvisa (…), o Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], o Conasems [Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde] e também a própria Câmara Técnica de assessoramento do Ministério da Saúde, a CTAI. Então qual será a entidade científica que falta ser consultada neste país?”, questionou Barra Torres.

“Entendo que o Ministério precisa apresentar à sociedade a justificativa do porquê de nós mantermos inalterada uma estatística macabra [de mortes de crianças]. (…) Essa vacina é usada no mundo inteiro. No dia de hoje, são mais de 7 milhões de doses aplicadas. (…) Então são perguntas que, na verdade, não dizem respeito ao regulador [Anvisa]. As perguntas que acabei de fazer são perguntas como cidadão”, concluiu.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link