Presidente do PDT tenta barrar PEC dos Precatórios após Ciro suspender campanha

O presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou nas redes que entrou com uma ação no STF contra o presidente da Câmara, Arthur Lira.
O motivo é a autorização de Lira para que os parlamentares votassem remotamente na PEC dos Precatórios. 23 deles votaram dessa forma.
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A Câmara aprovou a proposta do governo Bolsonaro com apoio decisivo de 15 dos 21 deputados pedetistas. A votação levou Ciro Gomes a suspender sua pré-candidatura pelo partido.
Ao que parece, Lupi não quer a aprovação da PEC. Ele afirma que o projeto representa um “cheque em branco” para Lira e para Bolsonaro, a quem chamou de “profeta da Ignorância”.
“Cumpre informar aos estimados companheiros que estou dando entrada agora, na parte da manhã, com uma ação no STF, contra a autorização do Presidente da Câmara Arthur Lira de autorizar a 23 parlamentares, em viagem, que votassem remotamente na PEC dos Precatórios”, diz Lupi no Twitter.
“Um cheque em branco que a Câmara deu ao sr. Lira e ao profeta da Ignorância”, completa.
Um cheque em branco que a Câmara deu ao Sr. Lira e ao Profeta da Ignorância! #PDT
— Carlos Lupi ??? (@CarlosLupiPDT) November 4, 2021
“Que vergonha”: deputados do PDT bateram boca após votação da PEC dos Precatórios
Após a votação da PEC dos Precatórios, que teve o voto decisivo de deputados do PDT, parlamentares da sigla bateram boca na Câmara. Paulo Ramos, que foi contra a medida, e André Figueiredo, ex-líder do partido, que votou a favor, discutiram na saída do plenário.
“Quer vegonha”, gritou Ramos a Figueiredo, que respondeu: “Ah, tá certo. Você que é puxadinho da esquerda”. Na tréplica, Ramos citou o pré-candidato pela sigla: “Quero ver agora o Ciro Gomes defender isso na campanha, no palanque”. A informação é do Globo.
O partido teve papel crucial na votação da PEC. A proposta foi aprovada por 312 votos, somente quatro a mais do que o mínimo necessário (308). Só o PDT deu 15 votos para aprovar a medida. O partido foi convencido na tarde de ontem após proposta de acordo de Arthur Lira. O presidente da casa legislativa prometeu votar projeto de lei que destina a professores 60% do que a categoria tem direito nessas dívidas, mas que será escalonada em três anos.