Apoie o DCM

Os assassinatos da Prevent Senior são efeitos da campanha de Bolsonaro contra a ciência, diz Janio de Freitas

Veja o Janio de Freitas
Janio de Freitas. Foto: Reprodução/YouTube

O experiente jornalista Janio de Freitas, em sua coluna na Folha de S.Paulo neste domingo (3), aborda o caso Prevent Senior e as mortes pelo ‘kit covid’ na pandemia. E elenca um culpado: a campanha negacionista de Jair Bolsonaro (sem partido).

LEIA MAIS:

1 – Samantha Schmütz diz que Juliana Paes ‘delirou’ e fala de música e política

2 – Estadão culpa Lula por ser xingado por Ciro, por briga na Paulista e por “cizânia”

3 – ‘Ciro vem construindo essa vaia desde 2018’, diz Marcelo Rubens Paiva

Janio de Freitas fala sobre a Prevent Senior

Escreve o colunista:

“A monstruosidade do programa de assassinatos nos hospitais do plano de saúde Prevent Senior não é uma aberração. Vê-la como tal é aliviante para o horror e a indignação difíceis de suportar. Mas não é verdadeiro. Aplicar falsos tratamentos para induzir a morte de quem buscou e pagou por socorro não é um desvio enlouquecido nos costumes, na moralidade mediana ou mesmo na violência já brutal.

As antimedicações e a falsificação da causa de mortes, combinadas pela Prevent, integram a corrente de efeitos lógicos da campanha de Bolsonaro contra as proposições da ciência para combate da Covid-19.

Assim como foi a exclusão dos ministros Mandetta e Teich, como foram a recusa da grande oferta de vacinas da Pfizer, a entrega da Saúde a um general impensável, a recusa à compra de Coronavac, a produção de milhões de remédios ineficazes no laboratório do Exército, as terríveis mortes por asfixia pela falta de oxigênio em Manaus, e, além do mais, a continuada pregação da medicação criminosa por Bolsonaro —isto, com testemunho do plenário mundial da ONU”.

E completa:

“Esses fatos são decorrência direta da entrega da Presidência a Bolsonaro. Têm em comum a contrariedade à salvação de doentes da Covid. Estão no núcleo do mais característico em Bolsonaro, que é sua obsessão pela morte alheia, e na vocação que imprimiu em seu governo destrutivo (apesar de mais usado, negacionista diz pouco, sugerindo ideias, sem alusão às práticas ruinosas)”.