Investigação de “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro depende das eleições, avalia MP

Investigação sobre “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro só vai avançar se seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, não for reeleito em 2022. A avaliação é de integrantes da cúpula do Ministério Público. O órgão conduz a apuração contra o senador.
Nesta terça (09), o STJ anulou as decisões proferidas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27a Vara Criminal do Rio de Janeiro, que conduziu o caso na primeira instância.
Foi ele quem autorizou medidas como a prisão de Fabricio Queiroz, apontado como operador do esquema das “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro. Com essa decisão, as provas colhidas foram anuladas e a investigação voltou à estaca zero.
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O que diz a cúpula do MP sobre Flávio Bolsonaro
A avaliação de promotores é que, com as sucessivas derrotas impostas pelas cortes superiores, o clima político para colher provas, como os depoimentos, é ruim. Com informações do Globo.
“Um depoimento, que já não era tão bom, pode ser agora desfavorável para a investigação, porque está contaminado pela conjuntura política. A testemunha fica com mais medo”, avaliou um promotor.
Para membros do MP do Rio, o caso tem grandes chances de ser enterrado. A avaliação é que, após a derrota imposta pelo STJ, a investigação só irá avançar se houver um clima muito desfavoráavel para Bolsonaro junto ao Judiciário, ou seja, se ele não se reeleger.
Por ora, o próximo passo do MP é analisar com lupa o acórdão que será publicado com a decisão do STJ e estudar caminhos para recorrer. No órgão, porém, não há otimismo.
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